segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Dica - Nosso Planeta Terra - Água

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Audiência de Sustentabilidade debate destino e reciclagem de óleo de cozinha

Muitas vezes, na correria do dia-a-dia, com todos os afazeres da vida moderna, as pessoas deixam de perceber algumas ações que, praticadas rotineiramente, acabam por causar uma série de problemas. Um deles é o descarte do óleo de cozinha.

Amplamente utilizado no preparo de grande parte dos alimentos (especialmente em frituras), o óleo de cozinha é um poluente em potencial para os cursos d'água, afora o fato de ser um dos principais motivos de entupimentos e danos à rede de esgotos quando descartado sem os devidos cuidados nas pias das cozinhas.

Justamente para debater as formas corretas de seu descarte, bem como conhecer algumas das principais iniciativas em relação à reciclagem do óleo de cozinha, a Sabesp realizou, no dia 14/12, a 2ª Audiência de Sustentabilidade - uma iniciativa que tem como objetivo a apresentação de projetos ecológicos, esportivos e artísticos pré-selecionados, seja para sua divulgação ou para que a Sabesp possa aprimorar seus procedimentos no que lhe é cabido sobre o assunto que está sendo tratado.

Durante o evento, três organizações não-governamentais, as ONGs Trevo e Ecos da Vitória, além do Instituto Triângulo, mostraram que o trabalho de reciclagem do óleo de cozinha gera subprodutos que podem ser amplamente aproveitados pelas pessoas, inclusive movimentando a economia, gerando empregos e - o que talvez seja o mais importante - contribuindo para a melhoria dos cursos d'água e do meio ambiente como um todo.

"Cada família gera algo em torno de um litro de óleo por mês", explica Roberto Costacoi, presidente da Ong Trevo. "É preciso um programa sério e consistente de coleta para que tudo isso possa ser reciclado em sub-produtos úteis à sociedade, em especial aos mais carentes". A Trevo instala pontos de coleta - com o nome de ecoponto - em condomínios e empresas e a cada mil litros de óleo recolhidos, revertidos em cerca de 400 produtos de limpeza para entidades assistenciais.

"É um trabalho muito interessante e que, com o apoio dado pela Sabesp, com a distribuição de folhetos explicativos, ganhou muito em divulgação e seriedade. Somente para dar um exemplo de como a sociedade se envolve, uma empresa automobilística implantou o programa e os empregados levam o óleo de suas casas para a fábrica", declarou Costacoi.

 O Instituto Triângulo também trabalha no mesmo sentido: coleta adequada e reciclagem de óleo de cozinha, transformando-o em sabão. A iniciativa já ganhou ares de programa, com o nome de "Meu! - Mobilização Ecológica Urbana", devido à amplitude de sua atuação. "Nosso trabalho consiste em transformar aquilo que poderia gerar impacto ambiental altamente negativo em algo que integre as pessoas e gere renda, no nosso caso a venda do sabão feito com o óleo. Com a divulga& ccedil;ão e a transparência nas ações, vários comércios abraçaram a causa e cederam espaço dos seus estabelecimentos para os moradores entregarem o óleo de cozinha", disse Fabrício França, diretor do Triângulo.

"Nosso próximo passo será a realização de uma série de atividades e eventos que promovam a mobilização ecológica urbana, mais do que uma causa é uma iniciativa que tem a missão de mudar práticas do dia-a-dia, promovendo a inclusão social e a melhoria das condições ambientais", disse França.

Uma das regiões mais populosas da cidade, a zona Norte da Capital recebeu atenção especial durante a 2ª Audiência de Sustentabilidade, com a apresentação da Ong Ecos da Vitória. Romilda Haddad, coordenadora da ong, contou que seu trabalho abrange 70 ruas do Parque Vitória: "um bairro, atualmente, não causa mais impacto ao meio ambiente".

Romilda destacou, entre outros pontos, o envolvimento de toda a comunidade que, mais do que simplesmente se organizar para realizar a coleta seletiva de óleo e de outros produtos, já evoluiu para um comportamento ambientalmente correto. "No Parque Vitória a população não joga mais lixo nas ruas, os córregos estão limpos e, com certeza, é uma região com alto índice de qualidade de vida", afirmou.

Do lado da Sabesp

Conhecer as iniciativas existentes e profissionais a respeito de um assunto é, sem sombra de dúvidas, um grande passo para poder traçar uma estratégia empresarial a respeito de qualquer tema. Por isso, além das apresentações dos projetos, os profissionais da Sabesp também tiveram espaço para mostrar as soluções e posições da empresa sobre os impactos do óleo de fritura na obstrução da rede.

Os técnicos mostraram que, se o principal motivo de entupimentos na rede coletora é o uso inadequado do sistema de esgotamento como "lata de lixo", logo em seguida está o problema de incrustações, muitas vezes causado pelo óleo que forma uma verdadeira barreira quando lançado de forma inadequada.

Com isso o prejuízo é enorme, tanto da empresa que precisa se mobilizar para realizar a desobstrução, como das pessoas, pois com o refluxo de esgotos podem surgir problemas de saúde muito sérios.

Para colaborar com os processos de coleta adequada, a Sabesp irá ceder o espaço Estação Sabesp (showroom), na Costa Carvalho, para coleta de óleo de cozinha e, ainda, irá realizar a distribuição de folhetos (próprios e de ongs parceiras), para os visitantes.

"Neste evento conhecemos e divulgamos iniciativas em prol da sustentabilidade. Ao longo da nossa atividade, encontramos muitos parceiros sérios, competentes e que estão engajados na proteção do meio ambiente. É sempre importante lembrar que a Sabesp somente cumprirá sua meta de ser uma empresa de geração de soluções ambientais se contar com a participa ção da comunidade".

Publicado em 17/12/2007. Site www.sabesp.com.br

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