segunda-feira, 12 de maio de 2008

Mídia - Advogadas ajudam empresas a desenvolver projetos sociais











Depois de vários anos envolvidas em projetos ligados ao terceiro setor, quatro advogadas resolveram se unir e transformar essa dedicação em foco profissional. Há um ano, Laís Lopes, Márcia Golfieri, Juliana Toledo e Paula Storto montaram um escritório para oferecer assessoria jurídica aos clientes interessados em implementar projetos de cunho social nas suas empresas. Essas empresas pretendem dar os primeiros passos em responsabilidade social empresarial (RSE) e vêem os projetos sociais como ponto de partida. São iniciativas como, por exemplo, implantar um programa de voluntariado entre os funcionários ou apoiar trabalhos feitos junto a comunidades locais.

As empresas normalmente têm boa vontade, mas desconhecem quais são as etapas necessárias para implantar projetos desse tipo, e nem mesmo sabem quanto vão custar. "Nossa atuação é muito parecida com consultoria jurídica empresarial para ONGs, com a diferença de a gente ter experiência no setor e conseguir descrever os valores dos projetos que analisamos", afirma Laís Lopes. Para elas, que sempre tiveram contato com esta área, usar a profissão em prol da causa é gratificante. Elas não apenas ajudam os clientes a criar projetos, mas também orientam como eles devem agir em assuntos que englobam a responsabilidade social empresarial e a sustentabilidade. "O Direito tem um papel muito importante no arraigamento desses conceitos", declara Juliana.

Com esse trabalho, as quatro advogadas perceberam que muitas empresas começam a se preocupar com responsabilidade social apenas para benefício próprio, mais interessadas em preservar a própria imagem ao mostrar que investem em projetos sociais. Entretanto, de acordo com Juliana, depois de iniciados os projetos, as empresas acabam incorporando esses valores e dão continuidade ao trabalho porque passam a acreditar que realmente vale a pena investir em projetos sociais.

Coerência

A preocupação com a responsabilidade social e o meio ambiente não está só no trabalho e nos contratos com os clientes. As advogadas pensaram em cada detalhe ao procurar um lugar para o escritório Figueiredo Lopes, Golfieri, Toledo e Storto advogados e em como ele seria planejado. "Seria insensato se não pensássemos nisso, trabalhamos com estes valores com nossos clientes e acreditamos na causa", afirma Laís.

O escritório fica em uma vila no bairro do Paraíso, em São Paulo, em um lugar bem diferente da paisagem típica da metrópole, com avenidas movimentadas e rodeadas de concreto. A casa escolhida, rodeada de muito verde e próxima ao Parque do Ibirapuera, remete a um valor que as quatro advogadas prezam - a qualidade de vida. Foram feitas adaptações para receber pessoas com deficiência física, como a instalação de rampas de acesso e a construção de banheiros com equipamentos adequados a deficientes.

No cotidiano do escritório, a preocupação com o meio ambiente começa com a uso de papel reciclado em todo material impresso. Além disso, os copos utilizados são de vidro e o lixo é separado para a coleta seletiva. A partir de agora, as advogadas vão adotar uma iniciativa também da porta para fora - pretendem trocar os serviços dos motoboys pelos "bikeboys", os mensageiros que andam de bicicleta.

Contato: Juliana Toledo

Data: 12/05/2008 Fonte: Maria Luiza Malozzi / Edição: Fátima Cardoso